Mais de 90 fazendas de algodão de MT conseguiram certificação da ABNT
Até esta semana, 96 fazendas produtoras de algodão de Mato Grosso foram visitadas pelos auditores da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), de acordo com informações da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). A auditoria tem o objetivo de checar os itens necessários para que essas propriedades obtenham a certificação ABR. Os auditores continuam visitando as fazendas do Estado.
Do total de fazendas visitadas, 85 aderiram também ao programa Better Cotton Initiative (BCI) na safra 2014/15, ou seja, somente 11 não optaram pelo licenciamento BCI.
Nos dois primeiros meses do ano, as equipes da ABNT, que trabalham com o apoio técnico e logístico do Instituto Algodão Social (IAS), percorreram os municípios de Sapezal, Campo Novo do Parecis, Itiquira, Pedra Preta (Serra da Petrovina), Campo Verde, Primavera do Leste, Dom Aquino, Poxoréu e Jaciara.
Segundo a Ampa, desde a safra passada, os cotonicultores brasileiros podem optar por obter a certificação ABR e o licenciamento BCI por conta do benchmarking celebrado entre o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e o sistema Better Cotton Initiative (BCI). Na safra 2013/14, Mato Grosso certificou 189 unidades produtivas no programa ABR e, desse total, 151 aderiram também ao licenciamento BCI.
O presidente do IAS e da Ampa, Gustavo Piccoli, frisa que até agora oito novas fazendas de Mato Grosso aderiram ao programa de certificação na safra 2014/15, sendo que desse total apenas uma preferiu não aderir ao BCI.
"O programa de certificação ABR e o licenciamento BCI são complementares e contribuem para assegurar que a pluma produzida em Mato Grosso atende às exigências das leis trabalhistas e de segurança do trabalho e à legislação ambiental", comenta Piccoli, lembrando que Mato Grosso foi pioneiro na certificação da fibra no País.
Em 2005, os produtores de algodão associados à Ampa criaram o IAS para orientá-los no cumprimento da legislação; em 2006, foi criado o Selo de Conformidade Social IAS e, no ano seguinte, surgiu o Selo Algodão Socialmente Correto, já em parceria com a ABNT. No final de 2012, a Abrapa lançou o programa ABR e, a partir da safra 2013/14, os produtores de algodão brasileiros podem optar por obter também o licenciamento BCI.
O Sistema BCI foi introduzido nas fazendas de Mato Grosso e de outros quatro estados na safra 2010/11 e, aos poucos, esse sistema criado por grandes empresas multinacionais vai conquistando a confiança dos cotonicultores brasileiros, que veem nele um passaporte para garantir o acesso a mercados mais exigentes.
FONTE: http://g1.globo.com/